Daniel Campos

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03/01/2015 - Dias secos

Meu amor, que calor, quanto sol, falta nuvem, o azulão urge, o vento sumiu, tudo sopra quente, o sangue ferve, a lágrima evapora, a poeira ergue, a chuva foi embora, o rouxinol caiu, as pedras pipocam, os rios sem força já não desembocam no mar, as águas ficam pelo caminho, o suor toma de conta, queimaram os ninhos, a cachoeira já não ronca, o sono se perdeu, a fome morreu, o gado esqueleteia, a onda seca serpenteia, cadê a chuva, cadê a chuva, cadê a chuva por estas costas ruivas?


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