Daniel Campos

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17/07/2016 - Desperdiçando sonhos

Caminha com passos sonolentos. Como barqueiro na tempestade, deixa o mar assumir o controle. E o mar, no caso dela, é a vida que a leva como em ondas. Está sempre com pressa, dona de pouco tempo, porque, simplesmente, não está no timão. Se timoneira fosse, dava uma guinada no destino. Mas anda preferindo ser espinho a flor. E o que pode fazer o coração se ela não o permite? Convite a um novo tempo não faltam. Saltam aos seus olhos todas as possibilidades, mas ela insiste numa realidade de incompletude. E a saudade do que poderia ser e não é vem amiúde. E com passos sonolentos ela passa desperdiçando sonhos sem tomar uma atitude.


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