Daniel Campos

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04/05/2008 - Com vocês, o rei...

Menino sonha cada coisa. O menino Daniel sempre sonhou com reis e princesas. O tempo passou, o menino cresceu e não deixou o sonho para trás. Em um belo dia, o garoto torceu para que monarquia fosse o regime vencedor de um plebiscito. Para infelicidade geral do jovem, o sistema de governo escolhido foi o presidencialismo. Esse mesmo que está em uso na atualidade. O adolescente cresceu ainda mais e se tornou um homem, mas o sonho de viver em um país regido por um rei não acabou.

Pudera... o menino sabe, como ninguém, que o presidencialismo é uma ilusão. Afinal, a idéia é de que qualquer um pode ser presidente (ao contrário dos reis que precisam ter sangue nobre). No entanto, está mais que comprovado que o povo não chega aos palácios. E se, por algum tropeço do destino, chegar... pouco tempo depois não é mais povo. Parece feitiço ruim, mas o palácio transforma plebeu em rei. E se for para ter rei sem classe, é melhor ter um monarca de verdade.

Não adianta dizer que rei é coisa de passado, de país subdesenvolvido, que Dom Pedro fez um péssimo reinado. Em primeiro lugar, Dom Pedro é cria de Portugal, não é brasileiro legítimo. Em segundo, a Inglaterra não é nada subdesenvolvida. Em terceiro, há algo mais atual do que Mônaco, com sua baia cheia de iates e seu cassino? Pois bem, monarquia é o melhor para risia nós, que já estamos cansados de promessas eleitoreiras e salvadores da pátria.

Mas daí vem um pergunta-chave: quem seria nosso primeiro rei. Não há como eleger um rei, porque rei não se elege. Também não podemos recorrer ao sangue azul que resta nas veias dos descendentes dos nobres, posto que essa tinta é o espólio do falso reinado que Portugal instaurou no Brasil. Então, como colocar um rei legítimo no trono. Um rei que seja brasileiro nato, que represente sua gente como ninguém e, ao mesmo tempo, que tenha nobreza em seus atos e sentimentos.

Mas quem? A resposta para essa pergunta está bem debaixo de nossos narizes, ou melhor, dentro de nossos ouvidos. Alguém que há quase cinqüenta anos é aclamado rei ? Roberto Carlos. Isso mesmo! O cantor e compositor que se confunde com a história recente de nosso país e tem uma legião de súditos (inclusive o escritor aqui). Não poderíamos ter uma solução melhor. Um rei que preocuparia com os detalhes e com as emoções de seu reino. Um rei que cantaria o amor de sua gente. Aliás, um rei que espalharia amor por sua gente. Qual presidente que neste período republicano ou ditatorial se preocupou com o amor?

Não existe partido ou político que conseguiu ficar tanto tempo na graça do público. E são quase cinqüenta anos de glória. Um verdadeiro fenômeno real. Está mais do que na hora de varrer essa falsa política que vivemos e irmos além. Chega de presidentes e parlamentares a fazer do Brasil um país sem harmonia, ritmo e poesia. Precisamos do rei Roberto Carlos. Muitos desses políticos podem fazer o papel de bobo-da-corte, outros podem servir de comida para os dragões ou duelar com os cavaleiros da corte. Ops, acho que exagerei e voltei aos tempos do rei Artur.

Com o Rei Roberto Carlos, o sir Erasmo Carlos e a escudeira Wanderléa, nosso país poderia voltar à alegria da Jovem Guarda, com direito a Calhambeque e beijos no mais perfeito Splish Splash. Voltariam as jovens tardes de domingo, com seus velhos tempos, belos dias. As Flores do Jardim de Nossa Casa iriam voltar a sorrir. O país se desenvolveria a 100...120...150 km por hora. Iríamos para Além do Horizonte. A Proposta era fazer da vida nossa Amada, Amante. E cada um de nós viveríamos um Amor Sem Limites. Falando Sério, só o rei Roberto poderia parar na contramão e mandar toda essa palhaçada presidencial para o inferno.


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