Daniel Campos

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26/03/2013 - Bodas de lã

Sete. Sete pecados capitais. Sete maravilhas do mundo. Sete virtudes divinas. Sete chaves fecham um segredo. Sete mares. Sete velas. Sete gênios persas. Sete artes. Sete yogas. Sete ciências naturais. Sete palmos. Sete súplicas do Pai Nosso. Sete anjos dos sete céus. Sete falas de Cristo na cruz. Sete linhas da Umbanda. Sete dores de Nossa Senhora. Sete notas musicais. Sete raios. Sete cores do arco-íris. Sete sacramentos. Sete chakras metafísicos. Sete vidas do gato. Sete ondas para pular o ano. Sete dias da semana.

Sete é o número da sorte, do mistério, do misticismo. O sete libera emoções fortes, sendo o número do instinto, da intuição, do desejo. Sete é o número da criação. Uma criação feita dia após dia, ao longo de sete anos, fio a fio. Um coração de sete pontas. Um heptágono de lã. Sete anos de um amor cabalístico que nos trazem às bodas de lã.

Um amor que espanta o frio, que respira no corpo, que cede, que dá conforto e não estraga. Amor de outono, com gosto de inverno. Amor tricotado pelos deuses negros. Amor de lã, que pinta o sete. Sete é o número dos graus da perfeição. Sete é o símbolo da plenitude dos tempos.

Sete anos depois, seus olhos liberam a luz do Menorah, o candelabro de sete pontas do judaísmo. Sete anos depois, sua boca tem sete mistérios. Sete anos depois, sete mundos paralelos lhe habitam. Sete anos depois, sete reinos se curvam diante desse amor de lã, que nos une mais e mais a cada ponto, a cada nó.

Observação do autor: Obrigado Marilene por esses sete anos que irradiam sete séculos.


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