Daniel Campos

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03/03/2014 - Benção de amor

Pai Seta Branca chegou trazendo chuva, um verdadeiro toró falando ao coração, com lua e sol se encontrando num eclipse intenso e sem hora para acabar. Mensagens diretas do céu a terra numa comunicação especial sem palavras. Ao menos, palavras sonoras. Sob os olhares de Pai João de Enoque, de Nossa Senhora Apará, de Mãe Tildes e de nossa Mãe Clarividente, caminho à pira numa fila de pacientes, ninfas e mestres. Sal, perfume e vinho servidos pelas Samaritanas mexem com os sentidos. Salve, salve, muitos salves ao grande Simiromba de Deus. Salve Pai Seta Branca que é Oxalá e Francisco de Assis. Pensamentos elevados. Mayanty, Mayanty... Forte irradiação. O corpo incendeia. Uma energia tanta. As entidades do Amanhecer que me acompanham se fazem presentes. Sinto o aroma das matas, as forças de Pai João das Matas, de Caboclo Tupinambá e de Oxóssi, com seus cavaleiros, e de doutor André Luiz. A cabeça lateja, o estômago queima, as mãos esquentam e vibram. Sinto com nitidez uma essência tão conhecida e especial e uma imagem imediatamente se projeta tão real em minha cabeça, em meus olhos interiores. Difícil conter o choro. Diante do pai, totalmente entregue com o coração escancarado. Reverencio, as mãos se tocam, e ao som daquela voz trovejada recebo as palhas e agradeço. Ali, diante do pai, tudo se ilumina na certeza de um amor verdadeiro, infinito e abençoado.


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