Daniel Campos

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28/01/2012 - Barba estrela

Eu, a reencarnação do pirata barba estrela, navegarei pelos sete mares, pelos cinco continentes, pelos mundos real e imaginário até encontrar a cidade perdida onde brilha o sol de rubi. Por minha perna de pau, juro que navegarei e não descansarei até atracar no cais perdido da cidade proibida. Lá a rainha da terra submersa me espera com seus olhos de redemoinhos. Quero prender a imagem dessa mulher em meu olho de vidro e deixá-la nua no escurinho do meu tapa-olho.

Marujos! Todos ao convés. Levantem suas espadas e coloquem a solidão para andar na prancha. Os tubarões da escuridão estão famintos. Minto, eles estão sedentos de sangue. No fundo do mar tem um galeão afundado por um canhão. Coragem! Vamos desbravar o desconhecido, enfrentar monstros ancestrais e encontrar o amor jamais vivido por outros casais, tempos adiante ou tempos atrás.

Terra à vista, terra cega. Icem as velas. Todos a bombordo. Preparem os canhões. Joguem as ancoras. Encham seus peitos de rum marujos. O tesouro escondido na boca da rainha das algas está próximo. Já sinto o cheiro de seu reino de sal. Depois de léguas e léguas submarinas, vamos passar pela guarda das sereias, pelas carcaças das baleias, pelo tridente de Netuno e chegar ao coração dos maremotos, à dona dos portos.


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