Daniel Campos

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23/06/2011 - Bahia, que bom...

Que bom é se perder nos acarajés de Amaralina, ser guiado pelo farol de itapuã e experimentar de todos os santos e pecados de São Salvador. Que bom é enfeitiçar e ser enfeitiçado num terreiro de candomblé. Que bom é cair nas graças de uma cocada-puxa, comer doce de jenipapo e abusar do dendê. Que bom é passar pelo rio vermelho de Jorge Amado e beber daquela boemia. Que bom é dormir ao som das canções de ninar de um mar que canta como Caymmi, Bethânia, Caetano, João Gilberto...

Que bom é rezar na igreja das escadarias e fitinhas de Nosso Senhor do Bonfim e depois pedir a benção a uma das mães-de-santo mais afamadas da Bahia. Que bom é escutar Gilberto Gil no pelourinho e descer a baixa do sapateiro ao som de sanfoneiros. Que bom é encher os olhos de suas dunas brancas e a boca dos pescados da ilha de Itaparica. Que bom é ter uma plantação de coco no seu quintal. Que bom é experimentar os sabores da Feira de São Joaquim, almoçar a beira-mar e depois se entregar aos corais.

Que bom é debruçar os olhos sobre a cidade baixa, colocando num mesmo olhar a baia com seus barquinhos e os casarões coloniais. Que bom é deliciar o coração com uma pimenta baiana. Que bom é poder ouvir: Feliz São João! Que bom é bailar com os orixás no Dique do Tororó e descansar na Lagoa do Abaeté. Pisar em suas areias claras, admirar em suas águas calmas e ver o sol se pôr na Ponta de Humaitá. Que bom é poder falar de amor sob uma lua que é tão de São Jorge quão de Ogum.


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