Daniel Campos

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10/07/2008 - A revolta dos ratos

Não imaginava que as prisões de ratos banqueiros, ratos políticos, ratos mega-investidores, ratos adpetos das Ilhas Cayman iriam despertar a fúria de roedores pelo mundo afora. Até na terra de Hollywood, esses mamíferos estão revoltados. Eis que, caro leitor, uma multidão de ratos, praticamente uma facção criminosa e com alto poder de destruição, rumou determinada a invadir o trailer de uma mulher, de 43 anos, no norte da Califórnia. Talvez quisessem comida, espantar o frio, tomar um drinque, ter uma noite de amor em uma cama macia ou, simplesmente, vingar a operação que colocou atrás das grades alguns de seus amigos brasileiros.

A mulher trancou todo o trailer, o que incitou a revolta dos ratos, que começaram a emitir ruídos altos, como que gritos, e a morder as paredes de lata. Com medo que invadissem sua casa, ela se arriscou na luta contra aqueles primos maus do Mickey Mouse. Mais uma vez, realidade e fantasia se misturam. Essa cena remete ao balé Quebra-Nozes, onde a princesa para defender o soldadinho de chumbo do ataque de um exército de ratos atira sua sapatilha contra o Rei dos Ratos. Só que ao contrário da personagem clássica, essa norte-americana encarna o protagonista do filme Perseguidor Implacável, de 1971, manuseando uma pistola calibre 44.

Mesmo pronta a cuspir fogo, ela não contava que os ratos tivessem tanta influência sobre ela, a ponto de desarmá-la. A arma caiu ao chão e disparou acidentalmente. A bala, como uma ratazana enraivecida, atravessou a rótula da mulher e continuou sua trajetória de destruição fazendo um buraco na virilha de um homem que rondava o trailer. Que homem era esse que não havia aparecido na história? Seria o Quebra-Nozes? Sem qualquer baixa em seu exército, ou sequer ferimentos banais, os ratos invadiram o trailer e fizeram festa mandando seu recado de destruição e poder para o resto do mundo. Definitivamente, os ratos estão abusados.


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