Daniel Campos

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17/09/2012 - A esmo

Corpo cansado, nó na garganta, amor encurralado. Cabeça cheia, marcas de estresse, dores generalizadas por toda a alma. Pés feridos, sonhos proibidos, romances não lidos. Mãos atadas, falta de perspectiva, bloqueios na estrada. Coração desafinado, olhos carregados, linhas desalinhadas pela palma das mãos. Ombros pesados, lábios marejados, esperanças frustradas. Alegria interrompida, chegada e despedida, poesia perdida.

Filosofia desperdiçada, fantasia dormindo na calçada, chuva sem trovoada. Perfume de decepção, tempo abstrato, contínua ilusão. Ardume de mudança, autorretrato de esperança, justiça sem balança. Pensamentos tortos, canteiros do esquecimento, anjos mortos. Sangue pálido, destino inválido, céu da boca sem estrelas. Sono cálido, passos sem dança, tranças de DNA. Arroz sem torresmo, ar sem sabiá, o mesmo do mesmo do mesmo.


Comentários

18/09/2012, por sara jane:

VC disse tudo e viva a mesmice que nunca acaba!!!


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