Daniel Campos

Imprimir Enviar para amigo
15/07/2012 - A cabeleira da palmeira

O vento mexe e remexe no penteado da palmeira. As franjas verdes chegam a tremular pelo céu como bandeiras de liberdade. O vento dá brilho à cabeleira da palmeira brincando com os raios do sol. Dá volume ao corte repicado em camadas de ilusão. Daqui do chão, os cabelos da palmeira têm um balançado de mulher. E se não bastasse todo esse movimento, o vento dá cor às madeixas da palmeira numa tintura que mais parece uma pintura em três dimensões.

A palmeira nas mãos do vento abusa das tonalidades de verde, ganhando contornos azuis, amarelos, dourados, vermelhos... Uma explosão multicolorida para a palmeira que bate a cabeleira ao vento. E nessa composição, os pássaros que pousam em suas folhas são brincos ora alvos ora tintos. E quantos poetas violeiros não lançam com todo mel seus olhares ao vento na tentativa de escalar as tranças de uma palmeira rapunzel.


Comentários

Nenhum comentário.


Escreva um comentário

Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.

voltar