22/01/2015 - Tsunami mulher
De repente, vi-me devastado
Tão somente acabado
Em tudo o que construí
Acreditei e verdadeiramente
Vivi
As paredes de sentimento que ergui
Caíram todas de pavor
Não sobrou uma em pé
Coisas de uma onda de dor
Com nome de mulher
Minha realidade foi destruída
Findou-se o sentido duma vida
Ao me olhar no espelho
Dos pés aos cabelos
Choro, nó, incompreensão
Meus sonhos foram tragados
Pelo fundo do poço sem fundo
Em que me encontro
Sem saber se vivo ou morto
Ando tonto
Por um mundo
Que eu imaginei pra sempre
Do encanto à mágoa
Os juramentos foram quebrados
As expectativas deram n’água
E o passado foi todo revirado
Meu coração, meu coração,
Meu coração foi violentado
E sangra o sal
De um pranto
Visceral
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