Tão negros de café
Olha os negros escravos de tão negros
Capinando o verde
Colhendo o vermelho
Secando o negro
Café tão negro
Café pendurado no pé
Café carregado no lombo
Café esticado no terreiro
Café socado no pilão
Da sinhá negra
Que cuida da chaleira
Que vai apitando negra
Pelo coador de pano
Que vai ficando negro
Como a noite da mulher
Que sufoca a lua
E perfuma a rua
Com a negridão do café.
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