Soneto sem caminho
Pelo caminho onde tanto passou
Colho as marcas que deus roubou de si
E àquela terra branca misturou
A estradas e tempos que não vivi.
Percorro nossas trilhas novamente
Como quem quer achar alguns sinais
Algum destino doente algum presente
Ainda ausente em nossos cartões postais.
A estrada tanta se estende sozinha
Sobre passos amantes que passaram
Pisoteando histórias como a minha.
Ando em segredo nas costas do medo
Sem encontrar as coisas que se amaram
E sem outro adeus partiram tão cedo.
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