Daniel Campos

Imprimir Enviar para amigo
Soneto em queda livre

De repente, cala o seu medo e se alonga
Em sonhos antes que o mundo lhe prive
Esqueça-se toda em qualquer milonga
E mergulhe no mundo em queda livre

E ao cair, pense e repense as estações
Do seu tempo que de triste foi inverno
Do seu rádio que arranhou duas canções
Do seu trem rosa que trilhou pro inferno

Chegava numa fumaça maria
Toda carga de uma saudade farta
Que logo chegava, partia e sumia

Mas eis a hora de voar por si próprio
Enquanto do futuro o medo aparta
Toma da ilusão suas asas de ópio.


Comentários

Nenhum comentário.


Escreva um comentário

Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.

voltar