Soneto em queda livre
De repente, cala o seu medo e se alonga
Em sonhos antes que o mundo lhe prive
Esqueça-se toda em qualquer milonga
E mergulhe no mundo em queda livre
E ao cair, pense e repense as estações
Do seu tempo que de triste foi inverno
Do seu rádio que arranhou duas canções
Do seu trem rosa que trilhou pro inferno
Chegava numa fumaça maria
Toda carga de uma saudade farta
Que logo chegava, partia e sumia
Mas eis a hora de voar por si próprio
Enquanto do futuro o medo aparta
Toma da ilusão suas asas de ópio.
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