Soneto confuso
O vasto silêncio atirado ao vento
Diz tantas coisas sem querer dizer
O infinito esquece o nosso momento
Num longo gesto sem se perceber.
E pelas ruas abstratas e vazias
Onde se busca não querendo achar
Esconde-se a bandida nostalgia
Que traz o que não é para se lembrar.
Se só há valor no que não se tem
Nossa vida se resume a saudade
Mesmo a verdade não sendo vontade.
Dúvida de todos e de ninguém
A razão nos emudece a resposta
Por que gostar de alguém que não nos gosta?
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