Balada do flerte
Olhe nos meus olhos
Bem de pertinho
E devagarzinho
Vá se perdendo
Nas coisas que só eles sabem falar.
Recitar versos clássicos
Seria mais fácil
Mas num juramento
Minha amada, minha amante
Sou apenas um poeta pedante
Que mal sabe sonhar.
Fico meio mudo, meio calado
Numa súbita fraqueza
Eu que era só tristeza
Antes de você me conhecer.
Ficava li num cantinho
Namorando a saudade
Que já me contava você.
Eu só tinha vontade
De ficar lhe vendo
E até pensava em pedir perdão
Em nome da minha ilusão
Que faz poemas
Sem você saber por quê.
Hoje, não sei se sou você ou eu
Você é minha, sou seu
Sorrio em seu sorriso
E quando chora
Escorro no seu rosto
Só para me acabar na sua boca
Que é infinita e tão pouca
Para um amor deposto.
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