Daniel Campos

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10/03/2011 - O bem de um romance

Para quem vive sob pressão e enfrenta constantes bloqueios físicos e inspirativos em seu dia a dia, nada melhor do que se aventurar por um novo romance. Um livro inédito, com personagens convidativos à descoberta, é capaz de operar milagres em organismos em crise. Cada página deve ser lida com profunda ousadia e com um leve temor. Ousadia no quesito envolvimento, isto é, o quanto você se doa à história. Já o temor, em doses sutis, se refere à sensação de se perder da realidade, que deve estar sempre presente, mantendo vivo seu elo com o cotidiano.

Propor-se a um novo romance é saber que terá companhia constante nos próximos dias. Personagens que pulam do livro para o seu corpo, habitando em sua imaginação e nas suas relações. É um companheirismo psicodélico, ora fictício ora real, capaz de confundir e inebriar os leitores mais experientes. Um novo romance lhe deixa jovem, lhe dá viço e sentido. Dá um ritmo diferente ao coração. Reforça sua existência ou guina seus caminhos. Alimenta a alma com um néctar que só os poetas são capazes de produzir ou, quiçá, colher na natureza.

Não importa o desfecho da trama, pois é só conseqüência de uma viagem. Fundamental mesmo é interagir com a história, tecendo alguns dos fios desta teia literária que lhe prende a atenção. O que dizer da magia das letras que linha após linha vão se transformando em paisagens, vestimentas, sentimentos, gestos. O melhor de tudo é que os romances são sempre inéditos, pois nunca se lê, ou melhor, se vive um romance da mesma maneira. Portanto, não há desculpa para voar romance afora.


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