14/04/2015 - Na hora do medo
Na hora do medo, seja tarde seja cedo, é você que eu chamo. Chamo pra perto de mim. E ainda digo “amo” implorando para não me deixar, tampouco me fazer só. Preciso grudar em seu corpo para a correnteza da solidão não me carregar. Necessito de agarrar em suas pernas para o vento da tristeza de ser só, tão só, não me arrastar. Sem sua boca eu não me encaixo. Sem você sou oco por dentro, sou louco por fora e não me aguento. Sem seus olhos sou cego, perdido, doído, vencido pela cegueira como fagulha que escapa da fogueira para morrer na escuridão. Necessito urgentemente de segurar em seus cabelos para o redemoinho do eu-sozinho não me levar a rodar pela falta de caminho. Na hora do medo é você que eu chamo em segredo pro meu enredo.
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