02/11/2016 - E vamos em frente
Hoje é o dia dos mortos. E os mortos, na verdade, nunca morreram. Continuam por aí, vivendo de outra forma, em outros lugares, com outras missões. Portanto, muito cuidado, pois nosso choro, nossa dependência, nossa vontade de tê-los conosco fazem é atrapalhar suas caminhadas. Não é fácil se desligar da Terra, da família, dos amores, dos trabalhos, do que conquistaram com muito suor, do que desejaram demais. Então, não devemos atrapalhar esse desapego com lágrimas, desejos impossíveis, tristezas irremediáveis. A dor da perda não pode ser maior que o advento da vida.
Sossega seu coração, pois quem muito amou e se foi dessas terras, continua vivo e, mais dia menos dia, podem até se reencontrar. O importante é ter o equilíbrio necessário para que as boas lembranças, as inspirações deixadas e o amor que jamais tombou prevaleçam no dia a dia. É assim que os mortos, que nunca morreram, devem ser lembrados – como parte presente em nossas vidas. Eles seguem o seu caminho e nós seguimos o nosso, pois a vida é uma grande caminhada. Muitas vezes, estamos na mesma estrada. Em outras, em estradas diferentes. Porém, todos devem, impreterivelmente, seguir em frente.
No dia dos mortos, a maior homenagem que podemos fazer a eles é, sem dúvida, tocar em frente.
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