Iroko i só! Eeró
Iroko i só! eeró! (trecho I)
"Iroko i só! eeró!
Ao contrário de um costumeiro olá, boa tarde, como vai... Iroko i só! eeró! É assim que aquela senhora de sorriso envelhecido como os óleos de uma natureza morta saúda e gosta de ser saudada. Só que essa saudação não acontece à capela e sim acompanhada do longo rangido de uma porteira, que mesmo com algumas de suas vértebras trincadas pelo tempo, dava acesso à entrada principal e única da chácara daquela mulher que leva um colar de contas verdes musgo e riscadas de marrom em seu pescoço magro. O cenário, com um quê de Hitchcock e outro de Dostoievski, é um prato cheio para os amantes do cinema e da literatura.
Quebrando o clima de suspense, a velha senhora, de olhos tão negros quão fundos, estende-me a mão, e entre a diplomacia e a simpatia, convida-me para entrar. Ao lado da porteira quebrada, uma árvore rouba a cena. Suas raízes, trançadas e expostas, parecem dezenas de braços e pernas emaranhados. Seu tronco coberto por uma pele áspera e escura precisa de alguns homens para conseguir abraçá-lo. Seus galhos, que abrigam alguns pássaros dos quais só se escuta o canto, casam-se com folhas largas formando uma imensa copa a cobrir de sombras os poucos que, por ali, atrevessem-se a passar".
Observação do autor: Sentiu vontade de ler mais? Em breve, esse romance impregnado de misticismo e suspense estará ao seu alcance capítulo a capítulo. Aguarde.
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