14/06/2016 - Vambora dona moça
Ei dona moça
Pega a sua trouxa
E vamos tocar pro mato
Oiá bem o que vou dizer
Pássaro não é do asfalto
E nunca vai ser... Vem
Chega de pensar, de doer
Eu te dou uma cachoeira
E um pé de seriguela
Uma casinha brejeira
E um par de janela
Com vista pro ribeirão
Que corre dia sim e não.
Ei dona moça
Leva a tua colcha
Pois lá dá até geada
Pra mor da juntada
Do casal de sabiá
Que fica em brasa
Tal fogão de sinhá
Vem de corpo inteiro
Pra mor do braseiro
Se incendiá, vem cá
Pro caminho do mato
Vem e pode se libertar
Deixa seu zoiar ir alto.
Ei dona moça
Esquece a louça
Lá tudo dá no pé
E se quiser chamego
Sou do pé de dengo
Pode ter fé no amor
Que meu amor é
Caipira, sem enxerto
Dá numa fatura
Puro e do seu jeito
Vem meu zoio
Onde boio no verde
Mandei botar rede
Pra te embalar
Matando sua sede
De comigo ninar.
Comentários
Fofo
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.