Vaga-lumes
O céu negro
Como se fosse escravo
O céu parado
Como se não dançasse
O céu cego
Como se não existisse
Mundo
Aos seus pés.
O céu expulsou estrelas
Desviou cometas
Assustou boêmios
Aprisionou a lua
Em um quarto
Onde ninguém jamais a viu.
E não teve vento
E não teve raio
E não teve sangue
De nenhuma estrela rebelde
Tudo ficou quieto
Tudo ficou negro
Tudo ficou cego.
Nem corrida de cometas
Nem chuva de asteróides
Nem flores de marte
No céu
Só dois olhos
Quase verdes
Se não fossem azuis
Negros ou amarelos
Flutuando
Na beleza solitária
Dos vaga-lumes.
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