Daniel Campos

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Vade retro

Vade retro
Solidão
Eis a mulher amada
Em cruz
Levada em meu peito

Seus olhos são bentos
Como água batismal
Sua pele
Exala toda a mirra do incenso
E suas entranhas
Vertem o óleo da extrema unção

Vade retro
Solidão
Eis a mulher amada
Em cruz
Levada em meu peito

Seus braços são como estola
A me cobrir de abraços
Sua boca
Beija-me em cálice
E seu corpo nu
É o altar da minha entrega

Vade retro
Solidão

Vade retro
Solidão
Eis a mulher amada
Em cruz
Levada em meu peito

Eis a mulher amada
Devorando a minha carne
Bebendo o meu sangue
Num amor de salvação
Numa paixão-redenção

Vade retro
Solidão
Pela cruz da mulher amada
Amor e paixão
Ressuscitarão

Vade retro
Solidão


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