Vade retro
Vade retro
Solidão
Eis a mulher amada
Em cruz
Levada em meu peito
Seus olhos são bentos
Como água batismal
Sua pele
Exala toda a mirra do incenso
E suas entranhas
Vertem o óleo da extrema unção
Vade retro
Solidão
Eis a mulher amada
Em cruz
Levada em meu peito
Seus braços são como estola
A me cobrir de abraços
Sua boca
Beija-me em cálice
E seu corpo nu
É o altar da minha entrega
Vade retro
Solidão
Vade retro
Solidão
Eis a mulher amada
Em cruz
Levada em meu peito
Eis a mulher amada
Devorando a minha carne
Bebendo o meu sangue
Num amor de salvação
Numa paixão-redenção
Vade retro
Solidão
Pela cruz da mulher amada
Amor e paixão
Ressuscitarão
Vade retro
Solidão
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.