25/06/2014 - Temporando
O tempo é um beijo roubado
Que se dá quando menos se espera
Começa e acaba no passado
Mesmo que prometendo outra era
O tempo é futuro mais-que-perfeito
O presente inconsequente
Pulsos e impulsos de expectativa
Numa oitiva entre o errado e o direito
O tempo é o que ainda não veio
É o corvo no campo de centeio
É o corpo distraído da moça
Que quebra louça num olhar proibido
O tempo é o sal da arrebentação
Que espuma pelo horzionte do pescador
É o sim se transformando em não
É o (des)cerrar das cortinas à farsa do ator
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