03/08/2015 - Tecido caipira
Eu não sei meu caminho
Só hei de seguir ponteando
Pela viola e pelo linho
Do tecido caipira desta vida
Que deus me deu com lida
Sorriso e saudade do tempo
Em que o sertão de verdade
Com mato, água e fruta no pé
Com quermesse, fé e dança
Homem-algodão paina-mulher
Era só chegar e abrir a porteira
Pra emoção caipira por inteira
Desabrochar e inflar pelos céus
Onde as árvores são arranha-céus
E os pássaros aviões e os cavalos
Os carros e o fogão a lenha o centro
De uma vida tomada no gargalo
Que como galo canta por dentro
Da gente estourando semente
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