Suspiros
Esculpida em serenata
Na aquarela do sereno
O mundo hoje é pequeno
E sai às ruas a desfilar
Bar em bar
E em passos de passarela
Espalha perfume no ar
Eis um aroma de canela
Um sorriso, um olhar
A embriagar
O asfalto que se torna mar
Para a mulher de lá passar.
Levanto da arrebentação
Volto-me ao passado pagão
Vestido de samba
E desço o morro da ilusão
Atiro-lhe um verso
E do amor lhe peço
Aflito e palpito e grito
Enquanto tímida pela praça
Sai emanando graça
Pelas ondas brancas e pretas
Da calçada litorânea
Ao passo que a brisa
Aterisa em suas tetas
Num perfume de macadâmia.
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.