Surrealismo
À frente de um quadro negro
Que não é negro e não tem giz
Ela olha
Como quem olha e não diz
Nem segredos
Nem medos
Nem se é possível ser feliz.
Entre dois olhares
Ela
Se angustia
Se refugia
Se arredia
Como quem se esconde
Atrás das cortinas
Com olhos de provocação.
Em idas e vindas
Olhares ocupam espaços iguais
E a vida se desequilibra
E a realidade desaparece
E o mundo se esquece
De tentar esquecer
Gestos tão surreais.
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