Sopro de alma
Alma que quero junto a mim
Alma que segue sozinha
Tece bordando os caminhos
Costurando de odor jasmim
Casando casas e botões na linha
Do aroma dos rubros vinhos.
Corpo que pertence ao meu
Corpo que vive solitário
Sem lembranças, sem passado
Todo o eu imerso no ateu
Do amor amigo e solidário
Do amargor íntimo e calado.
Alma que me cede à vida
No corpo que me falece
A cada dor sofrida
Como a lua que cresce
E encolhe nos altos céus
Perdendo o corpo
E libertando a alma
Na falsa calma
De um amor em sopro.
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