Sonhos tombados
E não adianta fazer uso das velhas desculpas
Ou me olhar daquele jeito novamente
Não mais me importa os códigos de ética
Tanto os obedeci
Tanto a ouvi falar deles
E sobre e sob eles
Que não há mais cárcere para os meus sentimentos.
Meus sonhos de sufocados
Passaram a debilitados
E já não têm muito mais tempo
Aliás, eles tem muito pouco do tempo
Que eu queria que tivessem.
Vejo o estado deles
Sinto-os
Agonizando
E me tomando
E me olhando
E seus olhos parecem não saber de nada
Parecem não se lembrar
Não se culpar por nada.
Fomos tanto
Mais que tanto
E, no entanto,
É difícil entender
Por que?
Mas que isso importa?
O tempo nos corta
Nos violenta
Nos atenta
E deixa o passado atrás da porta
Debaixo do tapete.
Não há mais tempo para desculpas
Agora terá de me olhar
Como jura que nunca o fizera
E não adianta tentar se esconder
Sobre as asas
De um sonho tombado
Porque o tempo revira ao lado.
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