Soneto que não tarda
Amo-te numa poesia que não tarda
Numa escultura nova e sempre clássica
Em duas emoções contidas, não dadas
São tantos arranjos e uma só plástica.
Nas palavras que se vestem de contas
Amo-te ainda num verso sem lugar
Como as estrelas que de tanto voar
Nas voltas de uma lua, perdem-se tontas
Nos mistérios das rimas não rimadas
Que entre transas baratas se consagram
Amo-te entre urros, gemidos e adagas
Nos beijos de eros nas garras de marte
No profano e cigano que se flagram
Amo-te agora e sempre em feitio de arte.
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