Soneto pagão
Ò pagãos, o passo lento vai dar
No alto firmamento do amor maduro
Que é fruta de morder e de chupar
Com dentes e línguas. Eu, poeta, furo
Esse amor com nove flechas proibidas
Faço valer a sina dos guerreiros
Das lendas de princesas mais antigas
Que fazem dos amores prisioneiros
Amar até o irremediável descer
Em medo, gritos e suor pelas mãos
Do esfomeado tempo que vai comer
Cada pedaço desse sentimento
Tal e qual quem come amores pagãos
E arrota rubros corações ao vento.
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