Soneto galáctico
Depois da nascente do rio que chora
Tem uma galha de jabuticaba
Vestida na seda do açúcar negro
Que dá na gente feito catapora
Depois da dona jabuticabeira
Tem os paus da cancela e um matagal
Tem saúva, joão-de-barro e uma clareira
Em torno da luz da flor espacial
Uma flor com pétalas de plutão
Pólen de mercúrio haste de pano
E espinhos pontiagudos de urano
Quantos corações há no coração
Da mulher que pede anel a saturno
E beija de júpiter o coturno.
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