Daniel Campos

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Soneto franco

Arrebentei as cordas do meu violão
E rasguei o seu rosto em fotografia
Joguei meu amor no fogo da ilusão
E jurei a deus que não mais choraria

Nada me sobrou além das suas tristezas
De alguns goles daquela noite ingrata
Fui vítima da mais vil das belezas
De um tempo que hoje só me maltrata

Aproveite, dilacere meu peito
Com teus punhais para que eu enfim me esqueça
Sem cometer um último deleito

Mate! Cumpra sua sina e o meu desejo
Vamos! Antes que minha alma enlouqueça
E cave o meu leito em sua boca em beijo.


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