Soneto faminto
Dorme porque o anjo da morte tem fome
De sonhos ingênuos ou pornográficos
O que importa mesmo é que haja tráfico
De sentimentos alheios em ti. Some
Deste alto sol que lhe invade e lhe cega
Ao mundo reto profundo e secreto
Onde habita o impossível e o feto
Da sua imaginação mais louca. Prega
Aos olhos e imagina a lua e se sonha
Quebrando a cabeça em medos e anseios
Malditos e não ditos e se ponha
Entre lençóis e fronhas. Voe em elipse
Girando em terras, carnes, devaneios
E doa-se ao anjo no amor do apocalipse.
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