Soneto entre o ser o se esquecer
Trêmula, a noite quente cai no dorso
Da rosa despetalada em decotes
Pega o mal e o bem-me-quer como motes
E agarra-se às vértices do pescoço
Da lua e vem o desespero de um grito,
No desejo de voltar sua unha fura
A lua de gás que a leva a toda altura
Mar alto, amor alto, alto medo aflito
E entre o momento de subir e cair
A moça na ânsia de se despedir
Joga-se ao lume da saudade rude
E entre o tempo de ser e se esquecer
A moça na dança do amanhecer
Joga-se ao ciúme do amor amiúde.
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