Daniel Campos

Imprimir Enviar para amigo
Soneto entre o ser o se esquecer

Trêmula, a noite quente cai no dorso
Da rosa despetalada em decotes
Pega o mal e o bem-me-quer como motes
E agarra-se às vértices do pescoço

Da lua e vem o desespero de um grito,
No desejo de voltar sua unha fura
A lua de gás que a leva a toda altura
Mar alto, amor alto, alto medo aflito

E entre o momento de subir e cair
A moça na ânsia de se despedir
Joga-se ao lume da saudade rude

E entre o tempo de ser e se esquecer
A moça na dança do amanhecer
Joga-se ao ciúme do amor amiúde.


Comentários

Nenhum comentário.


Escreva um comentário

Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.

voltar