Soneto dos pés despidos
Nus, passavam úmidos sobre a relva
Deixando o perfume das madrugadas
Caminhavam desvirginando a selva
Fechando e abrindo o destino em estradas
Passo a passo, nas bocas de um olhar
Nas costas de uma explosão de sentidos
Pelos traçados de Madagascar
Traçavam as linhas dos pés despidos
Passavam por porteiras e cancelas
Em busca de terrenos não pisados
De um coração fértil e não explorado
Como o sexo de uma virgem donzela
Coração que de anseio pulsa e soluça
E se atira ao passo em roleta russa.
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.