Soneto dos amantes
Nossas mãos não se dão no vão se vão
Não, não podem morrer assim os traços
Não deixa desatar ao fim os laços
Não podemos nos perder num porão
Onde braços abraçam o vazio
Pés a pé não pisam sete cidades
Olhos professam o pó das saudades
Do futuro que ao seu lado esvai a fio.
E você já tonta pede outra taça
Põe uma venda negra e sob uma corda
Dança valsa enquanto o silêncio passa
Pega uma sombrinha de mãos distantes
E sonha olha gosta apaixona acorda
Tropeça e cai da linha dos amantes.
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.