Soneto do pastoreio
Falei. Foi de amor eu sei que pequei
Quanto pecado em nossa última vez
Esperei. Você se escondeu e eu me dei
Num tempo vil que depois nos desfez
Você para lá. Eu para cá. Sozinhos
E agora eu parto à procura de um parto
Buscando o segredo do pergaminho
Feito na língua do pecado. Mato
Em nome de uma tentação traidora
Que se converteu toda sedutora
Aos ouvidos de um padre inquisidor
Não sei se é exorcismo ou fio do destino
Esse mal que cumpre o fiel desatino
De separar a loba do pastor.
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