Soneto do leito
Quero um soneto que caiba no leito
Da mulher amada. Ah! Que seus sonhos
Rimem ricos com loucos devaneios
Que seus sonhos todos tenham proveito
Nas estrofes que cruzam em suas pernas
Que suas costas sejam versos dispersos
Que para o bem haja um que de perverso
E perversidão e pervirtude terna
Nisso tudo. Que os olhos calem fundo
E escorram quentes em letras vulcânicas
Pela erupção da poesia deste mundo
Da mulher amada. Que cante em coro
O ritmo afiado desta dor tetânica
Que devora o amor num fecho de ouro.
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