Soneto do juramento
Só, morro sem ostentar o teu encanto
Adoeço ausente a tua doce presença
O silêncio é o meu único e último canto
E a saudade uma falsa e urgente crença.
Da minha dor sou palco e personagem
Da ilusão das bocas nuas sou naufrago
Ao estibordo alivio ainda o dissabor
Que avança em olhar triste, negro e vago.
A alma grita doando-se para a morte
Estrelas deságuam na escuridão
Pobres palavras minhas, não são fortes.
Ajoelhado imploro-a: serdes meu leito
No devaneio doloso da paixão
Brotando-se rosa negra em meu peito.
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