Soneto do espinhadeiro
Quem nunca caiu no fundo espinhadeiro
Da paixão, que atire o primeiro espinho
Ou que me guie mostrando-me o caminho
Que dá nas rosas do desfiladeiro
Que divide a sorte da morte. Vá
Entre os corações maduros do chão
Rasteja no escuro vão do perdão
Colha ervas e leia sua sorte no chá
Veja no desenho o futuro impróprio
O ontem que esquecemos por esquecer
E aquilo que não se pode dizer
Porque o amor ferido delira em ópio
O veneno nuclear da rosa andrógena
Que nos incita à vida alucinógena
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