Soneto do efêmero
A vida virgem para conhecer
Trilhas traçadas sem nossa presença
Se acham e começam a se perder
Em tantas essências de uma só crença.
Crer na realização através da amada
Num sentimento infinito e fugaz
Vendo o sol se por na boca enluarada
Vivendo a profecia que se desfaz.
Tão logo a poesia põe-se a se findar
No leito de um desejo inacabado
Caem nossas asas e todo o sonhar.
Confesso a vida como um gozo escasso
Que lambuza as vísceras do passado
E nos engravida de mais um passo.
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