Daniel Campos

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Soneto do amor pouco

De repente, de todo o sofrimento
A noite que se deu por terminada
Como se temesse a criatura amada
E em silêncio, fora-se mais o vento.

Por fim, tudo se deu por terminado
Não se sabia mais a felicidade
O que ainda restou, fora interditado
Nem sonho corria no seio da saudade.

E no antigo calvário das promessas
A noite virou pelo avesso e avessa
Tirou a lucidez e do seu caminho.

Em uma de suas bruxarias, fez louco
Aquele amor batizado de pouco
Moendo as dores da ilusão em seu moinho.


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