Daniel Campos

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Soneto do amor oceano

Sopra, sopra a vela branca de um barco
Acende a vela e sonha da janela
Sopra, sopra o barco e desenha um arco
Que vai sumindo, sumindo da tela.

Canta, canta e tanta encanta a poesia
No canto sacrossanto que decanta
Da garganta o pranto da valentia
E dos males da vida nos espanta.

Sopra, sopra e canta em um minueto
Quatro estrofes do mais louco soneto
Que vai ao vento vai mar adentro vai

Canta, canta e sopra um sopro de gente
Que dorme semente que acorda ausente
Do amor oceano que vai quebra e cai.


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