Daniel Campos

Imprimir Enviar para amigo
Soneto de tritão

Os corações que desenhou na areia
Das costas de um mar que nunca existiu
Foram últimas ofertas de uma ceia
Saboreadas por um deus que sumiu

Depois de ter os corações nos dentes
Deus Tritão abandonou o fundo do mar
Furou oito ondas bravias com seu tridente
Foi dar na arrebentação de um olhar

O que será do amor embarcação
Que perdura o tempo que o mar quiser?
E sem deus, o mar se quebra mulher

Por onde anda o coração de Tritão
Na maré alta da sereia de Oxalá?
Na ressaca de um amor de Iemanjá?


Comentários

Nenhum comentário.


Escreva um comentário

Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.

voltar