Daniel Campos

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Soneto de anjos e demônios

A chuva chovia e molhava o jardim
Do medo onde o lírio de são josé
Colhido pelas mãos de um querubim
Era oferecido para outros pés.

Pés de santa e senhora dos pecados
Pés daquela que um dia beijou o demônio
Noutro, se arrependeu. Tempo passado,
Hoje é a rima no deuteronômio

Mais diabólica, converte e seduz
Criaturas das trevas e anjos de luz
Como o querubim que se acha cupido

De si mesmo e bíblico segue a esmo
Num versículo onde o amor vale o mesmo
No beijo do mocinho e do bandido.


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