Soneto das nozes
Ouça: quando o tempo ecoar em si as vozes
De que já é tarde demais para o amor
Vai, se revira ao avesso do criador
É hora de quebrar as duras nozes
Da clausura a qual você se internou
E adoeceu na coisa amada de ira
Por amar mais do que ainda lhe restou
No desfiado emaranhado da lira
Dos dias que não lhe deixaram em paz
Paixões brutais e demais que vão e voltam
Como temporais de tempos atrás
Que jazem no chão de paixões patéticas
Em pesadelos afiados que cortam
A sua pele em cicatrizes poéticas
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