Soneto das moendas
Moa-me nos dentes rentes das moendas
Olhos de ferro e prenda minha vida
Nas fendas desta tua seita proibida
Coloca-me em teu altar como oferenda
Aos deuses que acreditam em milagre
Ah! Me cega me veda e me navega
Vira o meu mar em teu ruge e me entrega
À cruz dos teus seios, multiplica os bagres
E enfrenta o demônio que mora dentro
Do peito. Demônio do sentimento
Alheio que não controla e te devora
Num câncer de dor, insônias e tonturas
Moa-me em ti e não segura a tua loucura
Chora e ora e implora e se põe para fora.
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