Soneto das flechas
Não sei de onde vim nem para onde vou
Se nasci da pedra ou do parto em flor
Eu só sei que o deus do verso ordenou
Desce e cumpre a sina de rimador
Quando tudo parecia professado
Por detrás das barbas daquele deus
Veio um sacana cupido excomungado
E bem me flechou de amor e de adeus
Condenado a uma vida de desejo
E do amor que se busca e não se encontra
Posto que está sempre de malas prontas
Nesse ritmo, rimo o mundo e versejo
Entre o ontem e o mundo do amanhã
Semeando amor, tempestade de iansã.
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