Soneto das duas mulheres
Mulheres encapuzadas me envolvem
Em dois vultos que não dizem adeus
Não mostram os rostos que de azul cobrem
Só bendizem que são espécies de deus
A primeira raia sob a luz do dia
Tem uma fina penugem dourada
E dança feito uma criatura alada
Enquanto em meu ouvido sopra poesia
A segunda uiva e geme tentação
Cai em pontas da estrela negra da noite
E tem na pele a flor da inquietação
As duas me trilham em linhas da sorte
Onde me abandonam vendado ao açoite
Aos cuidados dos anjos vida e morte.
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